Duas em cada três empresas de saúde pagaram resgate de dados (Ransomware)

No ano anterior, o setor de saúde enfrentou uma alta incidência de ataques de ransomware, com 45% das instituições de saúde registrando pelo menos um incidente nos últimos 12 meses, de acordo com uma pesquisa global. A pesquisa foi encomendada pela Arcserve, uma empresa que fornece soluções para backup, recuperação e armazenamento de dados, e incluiu participação do Brasil.

Um dado alarmante é que duas em cada três instituições de saúde afetadas optaram por pagar o resgate exigido, sendo que 83% dos pedidos de pagamento variaram entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão. No entanto, apesar dos pagamentos realizados, 45% das instituições não conseguiram recuperar todos os seus dados.

A pesquisa também revelou que, apesar desses riscos significativos, 82% dos departamentos de TI de instituições de saúde não têm um plano de recuperação de desastres atualizado. Além disso, mais de 50% dos entrevistados erroneamente acreditam que a responsabilidade pela recuperação de seus dados recai sobre seus provedores de serviços de nuvem.

Vitali Edrenkine, diretor de marketing da Arcserve, enfatiza que, apesar do aumento na frequência e sofisticação dos ataques de ransomware, o setor de saúde ainda carece de medidas adequadas de proteção e recuperação de dados. Ele observa que é essencial investir em estratégias robustas de backup e recuperação de desastres para criar resistência a ataques cibernéticos maliciosos.

Edrenkine destaca a importância de adotar uma abordagem de “resiliência unificada de dados” no setor de saúde para fortalecer a preparação contra ameaças. Segundo ele, essa estratégia unificada permite que as organizações melhorem sua capacidade de defesa e acelerem a recuperação de dados após incidentes de ransomware.

A pesquisa envolveu a participação de 1.121 líderes de TI com responsabilidade orçamentária ou decisões técnicas relacionadas à gestão e proteção de dados em empresas com 100 a 2.500 funcionários e pelo menos 5 terabytes (TB) de dados. Os entrevistados eram de várias regiões do mundo, incluindo Austrália, Nova Zelândia, Brasil, França, Alemanha, Índia, Japão, Coreia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá.